09 maio 2011

Cordel Encantado

No meio de tanta violência, sexo e drogas, a televisão, enfim, nos brinda com Cordel Encantado, uma história que, segundo Thelma Guedes, uma das autoras, “é uma incursão ao imaginário mítico brasileiro”, um sonho onde será criado um mundo “com verdade, com sentimentos e personagens muito humanos”.

A nova trama do horário das 18h da Rede Globo mistura romance e ação, além do humor recomendável ao horário, e o mais interessante: põe de um lado o encantamento da realeza européia, e do outro, as lendas heróicas do sertão brasileiro. E é da união desses dois mundos que nasce o romance de Açucena (Bianca Bin), uma cabocla brejeira criada por lavradores no nordeste do Brasil, sem saber que é a princesa de um reino europeu, e Jesuíno (Cauã Reymond), um jovem sertanejo que desconhece ser filho legítimo do cangaceiro mais famoso da região.


A história começa quando os reis aventureiros da fictícia Seráfia do Norte, Augusto (Carmo Dalla Vecchia) e Cristina (Alinne Moraes), e a bebê Aurora, viajam ao Brasil em busca de um tesouro escondido pelo fundador de seu reino, Dom Serafim. Na viagem, Cristina e sua filha são vítimas de uma emboscada arquitetada pela duquesa Úrsula de Bragança (Debora Bloch), que cobiça o lugar da rainha. Antes de morrer, Cristina salva Aurora e a entrega para ser criada por um casal de lavradores, que a batiza com o nome de Açucena. Desolado, o rei volta para Seráfia acreditando que sua mulher e sua filha morreram.

Paralelamente, e na mesma região, o cangaceiro Herculano (Domingos Montagner), preocupado com a segurança de seu filho, deixa o pequeno Jesuíno (Cauã Reymond) e sua mulher Benvinda (Cláudia Ohana) em uma fazenda. Após se certificar que os dois ficarão protegidos pelo anonimato de suas origens, o líder do cangaço parte e promete voltar apenas quando seu filho for um homem adulto, pronto para a vida com seu bando.

Vinte anos se passam... O rei descobre que a filha está viva e Herculano decide que já está na hora de ter um sucessor para comandar seus canganceiros. Só que o destino resolveu intervir, e fez nascer o amor entre Açucena e Jesuíno, e aí, tudo pode acontecer.

A história, tudo está a indicar, traz uma mensagem simples sobre o amor e a eterna luta entre o bem e o mal, temperada com muito humor e boa dose de cultura acerca do sertão brasileiro e das cortes européias.

Amanhã (10/05), por exemplo, quando tentam levar Açucena embora da casa de Timóteo (Bruno Gagliasso), Euzébio (Enrique Diaz) e Jesuíno têm que enfrentar o filho do coronel, que conta com o reforço de seus capangas para impedi-los. A sorte é que Virtuosa (Ana Cecília Costa) chega ao local no momento da confusão, acompanhada de Augusto, do general Baldini (Emilio de Mello) e do delegado Batoré (o Osmar Prado sensacional de sempre), além de enfermeiros e um médico.

Jesuíno (Cauã Reymond), Açucena (Bianca Bin), rei Augusto (Carmo Dalla Vecchia) e o general Baldini (Emilio de Mello)

É no meio dessa confusão, e na iminência de um confronto que pode trazer consequências trágicas, que Virtuosa toma a iniciativa e revela: “Rei Augusto é o verdadeiro pai de Açucena. Ela é a princesa perdida!”, deixando boquiabertos todos os presentes.

Vale a pena conferir e pegar uma carona nesse mundo imaginário, onde, apesar de alguns sentimentos subalternos próprios do ser humano, quem manda é o amor. Sonhar ainda não é proibido nem paga impostos, logo...



Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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