Daniela Rebello (foto: Paulo Araújo/O Dia) |
No dia 7 de fevereiro de 2011, a delegada Daniela Rebello prendeu em flagrante a ex-modelo Cristina Mortágua, sob suspeita de injúria, resistência e desacato. Segundo a policial, a ex-modelo a teria agredido com uma "joelhada" na altura do estômago. Na ocasião, Daniela informou aos jornalistas que se até o dia seguinte (08/01) a família de Mortágua não pagasse a fiança arbitrada, R$ 6 mil, ela seria transferida da 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca) para uma das unidades da Polinter.
A confusão começou quando o filho de Mortágua, de 16 anos, foi delegacia para prestar queixa de agressão contra a própria mãe. A delegada decidiu ouvir mãe e filho juntos e, durante o depoimento, a ex-modelo se descontrolou e começou a gritar e xingar, chegando, segundo a policial, a atirar um telefone celular contra o filho. Aparentemente transtornada, segundo policiais, Mortágua gritou e começou a bater em veículos que estavam no pátio da delegacia. Imobilizada por policiais, Cristina Mortágua foi presa autuada em flagrante.
De acordo com o delegado Rafael Willis, titular da 16ª Delegacia de Polícia à época, a mulher aparentava não estar "num estado normal" e pode ter ingerido remédios de uso controlado.
Na madrugada de hoje (22/01), Daniela Rebello, a mesma delegada que não conseguiu entender e prendeu uma mulher que atravessava um sério drama familiar e estava sob o efeito de remédios de uso controlado, propensa, por isso mesmo, a atitudes de descontrole, foi detida por se recusar a mostrar os documentos de seu carro e a fazer o teste do bafômetro durante uma blitz da Operação Lei Seca, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
De acordo com a polícia, ao avistar a fiscalização, a delegada tentou retornar com seu veículo e foi parada. Ainda segundo a Polícia Militar, a delegada resistiu à ação e agrediu o tenente Bernard Giuseppe Barbosa Biggi Carnevale, que participava da operação. Diante da situação, ela recebeu voz de prisão e foi encaminhada à delegacia da jurisdição. A delegada, que estava com a habilitação vencida e dirigia um veículo sem licenciamento, aparentava sinais de embriaguez. Sua carteira de habilitação foi apreendida e ela foi multada em R$ 957,70, além de perder 7 pontos na carteira. O carro dela foi levado para o depósito público.
Estas são as duas faces da lei. Talvez esta seja uma das razões para o descumprimento das leis no Brasil. O mau exemplo, não raro, parte de quem deveria zelar pelo seu cumprimento, o que se tem visto no noticiário originado nos mais altos escalões do Legislativo, Executivo, e quem diria, do próprio Judiciário. Mas desta vez a "coisa" não vai ficar assim, acreditem! A corregedoria da Polícia Civil carioca informou que vai "apurar" o caso...
Fonte: O Dia
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |