05 junho 2011

Site comercializa e entrega drogas em casa

Silk Road ou Rota da Seda é um portal do mercado negro digital das drogas, que funciona em anonimato e com um sistema de comunicação com os usuários bastante sofisticado. Assim como um Mercado Livre das drogas, o site divulga compras e vendas de entorpecentes ilícitos com a mesma facilidade com que se compra um equipamento eletrônico em sites convencionais.

Há algumas semanas, por exemplo, o serviço postal americano entregou um envelope com um pequeno saco plástico contendo dez pílulas de LSD a Mark, que tinha feito o pedido das gramas de ácido por meio de um serviço bastante incomum: exatamente o Silk Road ou Rota da Seda. Ele acessou o portal, contatou um vendedor da droga, adicionou a substância ao seu "carrinho de compras" virtual e clicou em "check-out". O desenvolvedor forneceu seu endereço e pagou US$ 150 para que o LSD fosse enviado para a sua casa no Canadá.

A lista de drogas ao alcance dos clientes é bem variada. Lá é possível encontrar haxixe, ecstasy, heroína, LSD, maconha e outras substâncias ilegais. Da mesma forma como os sites de compras e vendas tradicionais, o Silk Road reduz as fraudes com um sistema de negociação baseado em reputação. Usuários comentam sobre o vendedor e este, consequentemente, recebe mais pedidos.

- Excelente qualidade de embalagem e comunicação. Chegou exatamente como descrito - disse um dos clientes sobre o fornecedor, que ganhou cinco pontos na negociação.

Para comprar algo no Silk Road, no entanto, é necessário, em primeiro lugar, adquirir algumas Bitcoins (moedas digitais) em um serviço paralelo para ter créditos na conta. Um Bitcoin vale cerca de US$ 8,67 e é suficiente para comprar 3,5 gramas de maconha, que, obviamente, é mais cara do que as vendidas nas ruas dos Estados Unidos por conter, agregado ao valor, a conveniência da compra online.

Muitos internautas acreditam que a associação da droga com a Bitcoin pode manchar a reputação da moeda digital e até chamar a atenção de autoridades federais para o tráfico digital. Jeff Garzik, um membro da equipe de desenvolvimento do Bitcoin, disse ao site que a moeda não é tão anônima quanto os usuários do Silk Road acham. Segundo ele, todas as transações são armazenadas em um registro público e policiais poderiam usar técnicas sofisticadas de análise para rastrear usuários da moeda.

Para quem se animou com a ideia de comprar drogas online ou ficou preocupado com a "novidade", saiba que para fazer parte da Silk Road é bastante complicado. O próprio endereço é complexo e só pode ser acessado por meio de uma rede de anonimato, chamada TOR, que requer um certo conhecimento técnico para ser configurada.

Pode parecer absurdo, mas é a realidade do mundo atual...


Fonte: gawker



Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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