10 novembro 2011

Preso Nem, o chefe do tráfico na Rocinha

O traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, apontado como o chefe do tráfico de drogas da favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro, foi preso na madrugada desta quinta-feira (10/11), numa bem montada operação policial que precede a instalação da UPP local.

Na quarta-feira (09/11), a Polícia Federal já havia prendido outros traficantes em fuga da Rocinha e os policiais que os escoltavam. Os traficantes presos são conhecidos pelos apelidos de Peixe e Coelho, este apontado como um dos principais comparsas de Nem.


A operação é parte da movimentação das forças de segurança pública antes da instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora - UPP na Rocinha, o que deverá ocorrer até o próximo domingo (13/11). Os detalhes da ação, segundo o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, serão mantidos sob sigilo.

Um dos policiais militares envolvidos na ação, o soldado Heitor, disse que os homens que ajudavam na fuga do criminoso chegaram a oferecer R$ 1 milhão para que o grupo fosse liberado.

- Primeiro, eles ofereceram R$ 20 mil, depois, R$ 1 milhão para liberarmos eles - contou o soldado, um dos agentes do Batalhão de Choque que abordou o veículo usado na tentativa de fuga do traficante. O bandido estava no porta-malas do carro de luxo e foi preso com apoio da Polícia Federal.

Segundo Heitor, além do traficante, mais três homens estavam no carro usado na fuga de Nem da Rocinha. A primeira abordagem ao grupo foi na saída da Rocinha, na Gávea, na Zona Sul do Rio. Lá, os PMs pediram para revistar o veículo. Um dos homens do grupo se apresentou como funcionário do Consulado do Congo e outro, como advogado. Eles informaram aos policiais que não aceitariam ser revistados. De acordo com soldado Heitor, os agentes informaram, então, que escoltariam o carro até a sede da Polícia Federal.

Ainda de acordo com o soldado, pouco depois da meia-noite, quando cruzavam a região da Lagoa, também na Zona Sul, os homens pararam o carro, se aproximaram dos policiais e tentaram negociar o suborno.

- O cônsul (foi assim se apresentou um dos componentes do grupo) ofereceu propina e nós não aceitamos. Chamamos a Polícia Federal, que é um procedimento normal por ele ser cônsul - contou o soldado.

Heitor informou que após a chegada da Polícia Federal à Lagoa o veículo foi revistado e Nem foi achado no porta-malas.

- A PF identificou o Nem de imediato. E o Nem não disse nem uma palavra, não ofereceu resistência.


Fonte: G1



Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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