Se você não acha ridículo falar de amor, tente responder a estas perguntas: você acha possível que o querer de duas pessoas possa romper a barreira do tempo e fazer com elas circulem livremente pelas fronteiras do passado e do presente? Será que alguém pode querer desistir do hoje e voltar ao ontem para reencontrar sua paixão?
Se as suas respostas forem um "não", pare por aqui. Você não vai gostar da leitura. Mas se você acha que sim, que o amor pode prender irremediavelmente duas pessoas por toda a eternidade, preste atenção nessa história. É uma obra ficção, não se discute, mas pode ser parte de uma realidade que desconhecemos. Afinal, vida, arte, ficção e realidade estão sempre entrelaçadas, não é verdade?
Richard Collier (personagem do ator Christopher Reeve) é um jovem iniciante na arte teatral. Na noite de estréia de sua primeira peça, saindo do nada, uma senhora idosa dele se aproxima, entrega-lhe um antigo relógio de bolso e lhe faz um pedido, quase uma súplica: "volte para mim!".
Assim como surgiu, ela desaparece. Richard, intrigado, volta para o seu quarto no Grand Hotel. Anos depois, sem conseguir terminar sua nova peça, ele decide viajar sem destino certo e resolve novamente se hospedar no mesmo Grand Hotel. Ao visitar o Salão Histórico, repleto de antiguidades e curiosidades da hospedaria, Richard fica encantado com o retrato de uma linda mulher pendurado em uma das paredes. A obra não tinha qualquer identificação, o que o fez procurar Arthur Biehl (Bill Erwin), um antigo funcionário do hotel, que lhe explica que a mulher chamava-se Elise McKenna (a bela Jane Seymour), uma atriz famosa que teria trabalhado em uma peça no teatro do hotel em 1912.
Collier fica obcecado pela imagem e vai até uma biblioteca próxima buscar algumas respostas, e para sua surpresa, descobre que Elise é a mesma mulher que lhe deu o relógio no Gran Hotel. Atônito, e porque não dizer, assustado, Richard procura Laura Roberts (Teresa Wright), que escreveu o artigo sobre Elise. Desconfiada e sem entender as intenções do rapaz, Laura não lhe dá atenção, mas quando ele lhe mostra o relógio, ela fica espantada, porque sabia que ele era um objeto de estimação do qual Elise nunca se separava, e o mais assustador, sumira na noite em que ela morreu, a mesma noite em que falou com Richard.
Conversando com Laura, Richard vai descobrindo diversos pontos de ligação entre ele e Elise, tais como uma réplica do hotel em que estava sua foto, com a melodia de Mahler, sua música favorita, além de livros sobre viagens no tempo.
O clima de mistério dessas revelações não assusta Richard, que decide encontrar sua amada. Após inúmeras tentativas, ele retorna ao passado e encontra Elise, romance que enfrenta a oposição de William (Christopher Plummer), agente de Elise, que sequestra o rapaz para evitar que ele "atrapalhe" sua carreira. Quando consegue escapar, Richard retorna ao hotel e reecontra Elise. Eles passam a noite juntos. No dia seguinte, enquanto tomam café, Richard encontra no bolso de seu paletó uma moeda de 1979, o que o faz retornar irremediavelmente para o futuro, diante dos olhos desesperados de Elise.
Para reencontrar Elise, Richard teria que abandonar o presente e se materializar "Em algum lugar do passado".
Essa é a história contada em "Somewhere in Time", filme dirigido por Jeannot Szwarc. A obra, se não me engano, é de 1980, mas viajou até aqui, intacta e mais linda do que nunca. Você pode conhecer toda a história assistindo o filme, que é vendido em qualquer site do gênero, locado em lojas de vídeo ou baixado da internet. Faça essa viagem ao passado. O amor agradece!
Fonte: Wikipédia
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |