10 abril 2012

Knyppy: um gibãozinho sob o risco de extinção

O dono dessa carinha assustada que você vê na imagem aí ao lado é Knyppy, um filhote de gibão de mãos brancas, primata da família Pongidae, nome científico Hylobates lar, originário das florestas tropicais do Sudeste Meridional, Ásia, inclusive a Tailândia, Malásia, Indonésia, e da área que cerca a China Meridional até a Birmânia Oriental.

Ele está na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, onde número de espécimes caiu mais de 50% em apenas 45 anos.

Os indivíduos de seu grupo habitam a cobertura formada pelo encontro de copas de árvores em florestas tropicais úmidas de folha perene, decíduas o mesmo de montanhas de até 2.500 metros de altitude. Sua reprodução é de um filhote após cerca de 7 meses de gestação. Vive por cerca de 45 anos.

Tanto o macho como a fêmea têm a face negra, rodeada por uma franja de pêlos muito claros, os mesmos que cobrem suas mãos e pés.

A espécie tem características anatômicas que facilitam seu ágil deslocamento nas árvores, mesmo quando o indivíduo atinge o peso máximo (cerca de 20kg): tronco com postura quase vertical (garantida por uma coluna vertebral em forma de “S”); posição dos ombros que permite aos fortes braços (de até 70cm) uma grande liberdade de movimentos, em todas as direções; as articulações dos cotovelos tem a maior estabilidade, poder e velocidade de extensão dos quadrúpedes; pulsos extremamente fortes e flexíveis; mãos esguias com dedos longos, menos os polegares, que servem como “ganchos” para a suspensão do corpo nos ramos; pernas curtas, que exercem uma ação estabilizadora durante a deslocação e ausência de cauda.

Knyppy, de apenas três meses, veste uma pequena blusa de lã verde no zoológico de Bremen, na Alemanha (Foto: AFP Photo / Ingo Wagner)

Comem de tudo, tanto alimentos de origem vegetal como animal: frutos carnudos, folhas, flores, ovos e pequenas aves, insetos, aranhas e pequenos mamíferos. São diurnos e arbóreos. Deslocam-se por braquiação, utilizando apenas os braços. Raramente descem ao solo, no qual se movimentam em posição bípede. Vivem em grupos familiares de 2 a 10 indivíduos, constituídos pelo casal e respectivos filhos jovens. Necessitam de 13 a 50 hectares como território.

Gibão de mão branca adulto

Os pares realizam vocalizações muito sonoras, com objetivos de demarcação e defesa do território. São monogâmicos. O acasalamento pode ocorrer em qualquer época do ano. Após um período de gestação de 210 dias nasce uma cria que fica com o grupo familiar até os 5 ou 6 anos. A cria mais jovem dorme com a mãe, enquanto os outros jovens se deitam com o pai, e é dependente da mãe durante os primeiros 2 anos. Atingem a maturidade sexual aos 7 anos nos machos e 9 anos nas fêmeas. Infelizmente, é uma espécie sob o risco de extinção em razão da caça e do desmatamento. 





Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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