18 junho 2012

Beleza vira moeda de troca até nas relações de trabalho

Há quem diga que a beleza e o charme de homens e mulheres funcionam como moeda de troca no meio profissional, e que a sedução, mais do que se imagina, funciona, sim, no mundo trabalho. Aliás, charme e beleza, nos dias de hoje, influenciam decisões em todos os cantos e atividades da sociedade mundial.

A ideia de que o capital erótico serve de atributo para homens e mulheres em ambientes profissionais é polêmica e chega a causar constrangimentos, mas a maioria das pessoas sabe que a expressão, que foi criada por Catherine Hakim, professora da London School of Economics, para atribuir valor à estética, ao charme e ao carisma, é perfeita para falar de um comportamento que acontece no cotidiano de muitas organizações.

Uma boa dose de sex appeal não faz mal a ninguém. Ao contrário, pode ajudar e muito, desde que seja usada sem qualquer exagero.

Fica mais fácil, por exemplo, conseguir aquele pequeno favor do outro departamento, como uma planilha entregue em tempo ágil, em troca do charmoso sorriso do dia a dia.

- O capital erótico é uma moeda de troca. Enquanto a aparência for valorizada na sociedade, é burrice não investir nela - opina a psicanalista Joana Novaes, coordenadora do Núcleo de Doenças da Beleza da Pontifícia Universidade Católica - PUC, do Rio de Janeiro.

- O fato é que não existe fórmula mais forte de sucesso do que a que une competência e estética - completa Silvio Celestino, consultor de recursos humanos.

Pequenos favorecimentos pessoais no cotidiano da empresa, tais como conseguir que o colega cubra um horário de trabalho ou ter seu computador consertado ao primeiro chamado, observam consultores, são comuns entre os que se valem do poder da sedução.

- Essas pessoas acabam contando com maior complacência dos outros, maior tolerância com os erros. E isso às vezes provoca atritos, porque quem não é favorecido fica, com razão, chateado - observa Rose Serra, coordenadora do Programa de Estudos do Trabalho e Reprodução Social - Petris, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ.

De acordo com Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos, é importante que o profissional transmita uma imagem cuidada e que mantenha os padrões estéticos e de comunicação da sociedade.

- O capital erótico, por si só, não assegura sucesso profissional, mas, se somado a outros atributos, pode contribuir para uma diferenciação na carreira.

O grande problema é que o mesmo poder de sedução que ajuda também pode atrapalhar o bom relacionamento dentro de uma empresa. Foi o que Joana ouviu de um engenheiro, que é gestor de uma estatal:

- O gerente disse que preferia trabalhar com mulheres "mais embarangadas", porque elas não tiram o foco dele do trabalho. E ainda completou: "Sou do tempo em que a mulher ou era bonita ou era engenheira".

Para a psicanalista, porém, o episódio não muda o fato de que a beleza abre portas também no mundo do trabalho. Portanto, acrescenta, quem souber "capitalizá-la", leva vantagem competitiva sobre os demais.

E você, o que acha? Homens e mulheres mais "bem apanhados" são favorecidos no ambiente profissional ou o tratamento é igual para todos? Deixe o seu comentário.





Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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