Mostrando postagens com marcador Agaciel Maia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Agaciel Maia. Mostrar todas as postagens

01 agosto 2009

A lei enlameada



Você prestou bastante atenção na foto acima? Tem certeza? Ótimo! Então vamos analisar as hitórinhas abaixo!


  • PRIMEIRA HISTÓRINHA
O desembargador DÁCIO VIEIRA, do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL concedeu ontem uma liminar proibindo o jornal O ESTADO DE SÃO PAULO de publicar qualquer informação que esteja sob segredo de justiça no inquérito que investiga FERNANDO SARNEY, filho de JOSÉ SARNEY, trazendo aos nossos corações as lembranças dos bons tempos da ditadura militar e dos atos contemporâneos de HUGO CHÁVEZ, nosso vizinho venezuelano e "cumpanheiro" de LULA.


  • SEGUNDA HISTÓRINHA
DÁCIO VIEIRA é ex-consultor do Senado, onde fez carreira. De acordo com seu currículo, disponibilizado na página do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL, ele foi designado em 1986, na condição de advogado, para ocupar o cargo de “titular da Assessoria Jurídica do Centro Gráfico do Senado”, tendo sido, tempos depois, promovido ao cargo de consultor jurídico da Casa.

Foi lá que ele se tornou amigo de AGACIEL MAIA, que em 1995, pelas mãos de SARNEY, foi guindado ao posto de diretor-geral, onde acumulou superpoderes que culminaram com a edição dos atos secretos, parte da lama que vem sendo revelada à sociedade brasileira pelo jornal que ele agora mandou amordaçar.

Ele não um juiz qualquer, se é que isso seja possível. É um desembargador. Não um magistrado em começo de carreira que despacha no fórum acanhado de uma comarcazinha do interior desse ou daquele Estado. DÁCIO VIEIRA delibera sobre o destino das pessoas e coisas no TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS.

Importante: O advogado DÁCIO VIEIRA "virou" juiz contornando o campo minado dos concursos pelo atalho do “quinto constitucional”, que lacabou levando um consultor jurídico do Senado ao cargo de desembargador.


  • TERCEIRA HISTÓRINHA
DÁCIO VIEIRA, ao menos é o que indicam as aparências, é comensal das famílias de SARNEY e de AGACIEL MAIA, tendo sido um dos convidados presentes ao luxuoso casamento de MAYANNA CECÍLIA, filha do ex-diretor geral do Senado, realizado no dia 10 de junho último, em BRASÍLIA - DF, mesma data em que o jornal revelou a existência dos atos secretos. SARNEY (PMDB-AP), todo mundo já sabe, foi padrinho do casamento.

Na foto da festa, publicada na coluna social de um jornal brasiliense, aparecem o desembargador DÁCIO VIEIRA, sua mulher, ANGELA, e SÂNZIA, mulher de AGACIEL MAIA, e ao lado deles o tri parada-dura: SARNEY, AGACIEL e RENAN CALHEIROS (PMDB-AL).

Importante: antes disso, exatamente no dia 12 de fevereiro, SARNEY compareceu à posse de DÁRCIO VIEIRA na presidência do TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL - TRE do Distrito Federal.


  • A NOSSA TRISTE HISTÓRIA
Os sorrisos da foto acima não deixam dúvidas: se a sociedade brasileira não se mobilizar e se a imprensa for manietada, os desmandos dos poderosos vão continuar!

Mas a foto também produz um fenômeno interessante: ela retrata, ainda que acidentalmente, a prova de um crime que sequer fora planejado, e que veio a se consumar no dia ontem, quando o homem pago pelos contribuintes para fazer Justiça se nomeou censor e proibiu o jornal O ESTADO DE SÃO PAULO de levar ao cidadão o conhecimento acerca das bandalheiras cometidas no Planalto pela família SARNEY, por AGACIEL MAIA e por RENAN CALHEIROS.

Quando a justiça empresta sua caneta para o socorro do meliante em apuros, algo vai muito mal! Ao sustentar que as reportagens podem divulgar "coisas privadas" e não "assunto público", como as obscenas conversas telefônicas que comprovam o desvio de dinheiro público para empresas privadas, o cidadão comum não consegue entender e desacredita da lei!

Importante: Ainda bem que o ilustre Desembargador esqueceu de mandar prender a foto!


25 março 2009

E nós, o que somos?


Segundo o portal CONGRESSO EM FOCO, "nos últimos 14 anos, atos assinados por três senadores ajudaram a inchar o Senado, que hoje tem cerca de 10 mil servidores para atender a apenas 81 congressistas. Deste total, cerca de 4.000 vagas foram criadas a partir de 1995 e são preenchidas por indicação política, os chamados comissionados. Nem todas as vagas são preenchidas. Mesmo assim, o número atual de comissionados (3.000) e terceirizados (3.500) é 116% maior que os 3.500 concursados".
Segundo o portal, os cargos de livre nomeação no Senado começaram a se multiplicar a partir do primeiro mandato de JOSÉ SARNEY (PMDB-AP), o que continuou a ocorrer nas gestões de ANTONIO CARLOS MAGALHÃES (DEM-BA) e RENAN CALHEIROS (PMDB-AL).
Pressionado, SARNEY primeiro disse que a crise do Senador lhe teria "caído no colo", afirmando agora, num caso típico de amnésia parlamentar, talvez causada por excesso de trabalho, que "não se lembra" das nomeações porventura feitas!
O Senado, aliás, pela enésima vez em uma única semana, num contorcionismo de fazer inveja a qualquer integrante do CIRC DU SOLEIL, repassou sua lista de "diretores" e concluiu, vejam que fofo, que agora só existem 38 (trinta e oito) e não 181 (cento e oitenta e um) como antes informado. Segundo ALEXANDRE GAZINEO, seu diretor-geral, tudo não passou de um "equívoco", já que alguns cargos "tinham a denominação de "diretor", mas na verdade se caracterizaram como postos de "assessoramento superior". Ele só não esclareceu que os "não diretores" recebiam salários de "diretores". Uma indecência!
Mas a coisa não fica aí! O ex-diretor-geral do Senado, AGACIEL MAIA, aquele da mansão de R$ 5 milhões, reservava 150 (cento e cinquenta) vagas para serem "rateadas" entre os senadores. E ninguém sabe, ninguém viu nada!
Aliás, depois de tentar passar para a opinião pública a imagem do "bom moço" que ele nunca foi, jurando de pés juntos que reduziria os cargos de diretoria do Senado, SARNEY não exonerou ninguém até agora, nem mesmo "aqueles" 50 diretores que tiveram os nomes divulgados pela mídia na semana passada. Na verdade, a maquiagem do corte de pessoal deverá continuar. Alguns diretores continuarão em seus cargos e outros terão as funções "transformadas", mantidas as gratificações, ainda que num valor um pouco menor. Resumindo: o Senado não tem mais 181 (cento e oitenta e uma) diretorias! Agora são 38 (trinta e oito) secretários com status de direitor, é claro, além de 05 (cinco) cargos da cúpula administrativa. Os restantes 138 (cento e trinta e oito) cargos são "diretores de fantasia", como admitiu o primeiro-secretário, HERÁCLITO FORTES. Ele só não menciona que todos, ao menos até aqui, receberam como se diretores fossem! E como é que fica? Ninguém paga por isso?
Mas não pensem que a "coisa" vai mudar! Mesmo com a crise administrativa, sem falar na outra, econômica, que assola o mundo inteiro, os servidores do Senado, através de seu sindicato, já começaram a costurar uma proposta de reajuste salarial para "compensar", pasmem, "a recente perda das chefias". MAGNO MELLO, o presidente do SINDILEGIS, sem um pingo de vergonha na cara, afirma: "Queremos que haja uma acomodação dessa lógica numa outra estrutura". E vai mais adiante: a Casa pode parar caso os servidores não sejam compenados pela perda das gratificações!!!
Eu, particularmente, acho que parar o Senado, senhor MAGNO MELLO, não vai fazer muita diferença! Ele nunca funcionou mesmo! E até lhe faço uma sugestão: aproveite a parada, organize uma única fila, chame a polícia e enfie todos no camburão!!!
Ah! Querem saber a resposta para a pergunta do título da postagem? Fácil! É só olhar a foto que a ilustra!!!