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| Foto: reprodução |
Quando menino, e lá se vão muitos anos, achava muito engraçada a frase "água de morro abaixo e fogo de morro acima, quando a mulher quer dar ninguém segura". Foi, mais ou menos, o que aconteceu com a jovem Alana Milesi, que resolveu visitar uma amiga no bloco "E", do Edifício Copan, considerado um dos cartões postais da capital paulista, mas antes foi direto para as escadas que dão acesso ao terraço do prédio, onde foi flagrada pelos seguranças fazendo sexo com o namorado que a acompanhava.
A pobre da amiga, que sequer sabia da transa, acabou sendo multada em R$ 678 pelo condomínio. O fato ocorreu por volta das 22h, do último dia 27 de maio, quando o casal entrou no edifício com autorização da moradora e foi direto para o terraço. O Edifício Copan, que está localizado na Avenida Ipiranga, no centro de São Paulo - SP, foi projetado na década de 50 pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Ele tem 115 metros de altura e abriga 1.160 apartamentos, divididos em seis blocos, além de uma área comercial no térreo.
Mas a coisa não acaba aí, e o mais engraçado vem agora. Visando arredar o dinheiro da multa aplicada pelo condomínio, a desinibida Alana criou um perfil no Vakinha, onde contou, sem sem nenhuma cerimônia:
- Aprontei um pouco demais da conta e acabei recebendo uma multa de R$678,00 por transar no último andar do Copan. agora quero ver ocês pingar e ajudar uma amiga que foi penalizada pelo universo apenas pelo fato de: ser transona. e quem tá se doendo são tudo uns virge.
O perfil foi criado no dia 31 de maio e, de lá pra cá, Alana mudou a cidade de residência, substituindo o Rio de Janeiro por São Paulo, e a idade: no início ela tinha 24 anos. Agora, declara ter 25 anos.
Até hoje (07/05) pela manhã, a vaquinha da Alana (não é trocadilho!), cadastrada como "Peripécias no Copan”, já havia recebido 9.493 visitas e 41 mil compartilhamentos no Facebook, mas a arrecadação ainda não tinha passado dos R$ 20.
Affonso Celso Prazeres de Oliveira, o síndico do Copan, não quer nem saber: com "vakinha" ou sem "vakinha", ele confirmou a aplicação da multa, que ainda não foi paga pela moradora do bloco.
- Ela tem 15 dias de prazo. A multa já foi dada, não vamos mais nos manifestar. Isso será levado ao Poder Judiciário. É atentado violento ao pudor - afirmou o síndico.
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Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |
