Foto: reprodução |
Na madrugada de ontem 28/06), Brayan Yanarico Capcha, um menino boliviano de apenas 5 anos, foi morto com um tiro na cabeça, nos braços da mãe, a costureira Veronica Capcha Mamani, durante um assalto à sua casa, na favela Vila Bela, em São Mateus, na Zona Leste de São Paulo - SP.
Segundo a mãe do garoto, não satisfeitos com os R$ 4,5 mil que ela lhes entregou, os ladrões continuaram ameaçando todos os moradores da casa, e o mais absurdo de tudo, atiraram em Brayan porque ele, assustado, não parava de chorar.
- Me ajoelhei, abraçada ao meu filho. Meu filho dizia "não me mate, não mate minha mãe". Mesmo assim, ele atirou - contou Veronica.
O que é que merece o maldito que puxou o gatilho da arma que matou Brayan? Cadeia com direito a banho de sol, visita íntima, telefone celular, progressão de regime ou a ponta de uma corda? Será que não está na hora de incluir a nossa frouxa lei penal na pauta de reivindicações das ruas? Se a Constituição Federal (artigo 5º, inciso XXXVIII) reconhece a instituição do Júri e a soberania de seus veredictos, e se a ideia básica de sua criação foi permitir que o cidadão que atenta contra a vida do seu semelhante seja julgado por seus iguais, por homens cujo pensamento expressem o pensamento da comunidade, por que não ouvir a voz dessa mesma comunidade na fixação das penas a serem aplicadas? Ou vamos continuar esperando a iniciativa do nosso Parlamento, que já deu para perceber, só funciona debaixo de porrada? O que você acha do tema? Deixe o seu comentário.
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |