Um cordão umbilical que geralmente era jogado no lixo, está curando portadores de leucemia. Foi o que aconteceu com o pequeno Pedro Bub, que tornou-se um doador de sangue logo ao sair do ventre da mãe. E não é um sangue qualquer, mas aquele que estava dentro de seu cordão umbilical, cheinho de células-tronco, e que seria jogado fora, mas que está sendo congelado e poderá, mais adiante, curar alguém de leucemia.
Esse tipo de doação vem crescendo no Brasil. A mãe de Pedro, a médica Carolina Bub, doou o sangue do cordão umbilical de seu bebê para um banco público que armazena esse tipo de material. A doação de células-tronco, em qualquer circunstância, depende de autorização.
As células-tronco do cordão ficarão disponíveis para transplantes em pessoas que sofrem de leucemia ou de outras doenças do sangue, como a anemia falciforme, e não encontram doadores compatíveis na família. Em vez de injetar no corpo do doente as células da medula, são colocadas as células-tronco do cordão umbilical.
Na hora de achar um doador compatível, o sangue do cordão umbilical traz mais esperanças para os doentes, já que o transplante que o utiliza permite que a compatibilidade seja de apenas 70%, enquanto no transplante com células-tronco de medula óssea o grau de compatibilidade precisa ser de 100%. A outra grande vantagem é que o doador não tem que fazer exames e nem se apresentar ao hospital para a retirada das células – etapas que costumam estender o tempo do transplante. "Os cordões são uma fonte de células-tronco que já está pronta para uso. Há pacientes que não têm tempo (de esperar por um doador compatível)", afirma Andreza Ribeiro, coordenadora do banco público de cordões umbilicais mantido pelo Hospital Albert Einstein - São Paulo.
O sangue é retirado do cordão umbilical logo depois do parto. Já no laboratório, são eliminados os glóbulos vermelhos e o plasma, sobrando cerca de 20 mililitros com as células-tronco. Em uma bolsa especial, o material é armazenado em uma "supergeladeira" a menos de 190 graus Celsius negativos, em nitrogênio líquido.
Os dados sobre as células entram em um sistema federal onde quem precisa de transplante pode buscar sangue compatível. No Brasil, dois bancos públicos também participam de uma rede internacional, que fornece sangue a doentes de outros países.
"Temos dados de células que foram congeladas há 18 anos e ainda têm boa viabilidade (para transplantes), mas pode ser que durem muito mais que isso", diz a Dra. Poliana Patah, diretora do banco público de cordões do Hospital Sírio-Libanês, também na capital paulista.
O problema é que, como a rede pública para a coleta de cordões é pequena, as mães que quiserem doar os cordões umbilicais de seus bebês terão que fazer o parto em hospitais vinculados a um banco público de cordões.
A medicina, e porque não dizer, também a natureza, estão fazendo a sua parte para amenizar o sofrimento de milhares de pessoas que sofrem de leucemia e anemia falciforme, no mundo inteiro. Cabe, agora, às autoridades de saúde do país, em todos os níveis, levar esse fato ao conhecimento da população e orientar as pessoas interessadas na prática desse ato de caridade e solidariedade humana, principalmente as futuras mamães, além de dotar as redes públicas hospitalares das condições necessárias para a coleta e armazenamento dos cordões umbilicais.
E nós, blogueiros de plantão e interessados nessa luta pela vida, também vamos fazer a nossa parte, divulgando essa notícia aos quatro ventos!
Fonte: G1
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |
Olá meu amigo! Sempre nos brindando com matérias excelentes e de conteúdo enriquecedor! Esses dias ouvi que o dente de leite das crianças também podem ser utilizados. Você viu ou ouviu sobre isso?
ResponderExcluirGrande e carinhoso abraço!
Da amiga,
Jackie
Olá Carlos Roberto, obrigada pela visita no blog (Reciclando Conceitos, Júlia Kacowicz). Acredita que só hoje vi seu comentário, que loucura... Mas também voltarei por aqui.
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