Depois de conquistar a medalha de ouro na Copa do Mundo disputada em Hamburgo - Alemanha, a catarinense Fabiana Beltrame, de 29 anos, honra mais uma vez o esporte brasileiro, ainda que sem o apoio financeiro necessário. Na manhã desta sexta-feira (02/09), em Bled - Eslovênia, sem tomar conhecimento das adversárias, ela conquistou a primeira medalha de ouro do país em um Mundial de Remo, vencendo de ponta a ponta a final do single skiff leve (LW1x), com o tempo de 7min44s58 e vantagem de quase dois barcos de diferença. A suíça Pamela Weisshaupt ficou com a prata (7min48s24), e a alemã Lena Mueller (7min50s44), com o bronze.
Depois de se poupar na semifinal, onde cravou o 2º melhor tempo (7min56s57), ficando atrás apenas da americana Ursula Grobler (7min50s44), Fabiana foi para a final e venceu. Grobler sequer subiu ao pódio.
- Sai decidida, e ninguém ia me tirar esse ouro. Na quinta usei uma tática de não forçar muito na semifinal. Só me classifiquei mesmo com o tempo necessário para nesta sexta poder dar uma boa largada. Não esperava que fosse chegar com essa diferença. Com muito treinamento, consegui o bom resultado. Cheguei exaurida, mas ficar no pódio com minha filha foi emocionante demais. Estou sentindo até agora. Era um sonho mesmo ganhar esse ouro. Estou muito feliz. Espero que seja o primeiro de muitos que o Brasil ganhará no futuro - disse, em entrevista por telefone a uma emissora de TV.
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| Fabiana e Alicia (Foto Agência Reuters) |
Com a filha Alicia no colo e os olhos ainda vermelhos pelo choro da conquista, a principal atleta do remo brasileiro aproveitou para reconhecer e retribuir o carinho que vem recebendo em sua trajetória de lutas.
- Agradeço ao Flamengo, meu clube de coração, que está sempre me apoiando, e a todos que sempre me dão força. Quero agradecer cada recado que recebi, pelo carinho e força de todos – frisou a remadora brasileira.
Fabiana foi a primeira representante feminina do país a disputar uma Olimpíada no esporte (Atenas-2004 e Pequim-2008), e agora busca uma parceira para ir aos Jogos de Londres, em 2012, já que a categoria Single Skiff leve não faz parte do programa olímpico.
O Dando Pitacos aplaude, de pé, as duas medalhas inéditas conquistadas nesta semana: a da Fabiana Murer, no salto com vara, e agora a da Fabiana Beltrame, no remo. Se mais incentivos fossem destinados a todas as categorias do esporte nacional, não tenho dúvidas, muitas outras Fabianas estariam a subir nos pódios de todas as competições esportivas mundiais.
Fonte: G1
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Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |
